Pense nisso:

Estranho é igual sabonete: quanto mais você usa, menor ele fica.


domingo, 30 de setembro de 2012

More Than You Can Shake a Stick At

Aprender uma língua não é só ir na escolinha. Tem que viver a língua. Só assim você aprende as nuances, as peculiaridades... Por exemplo, conhecem a expressão "more than one can shake a stick at"?

Vejam aqui:
The Free Dictionary dot com

Você a usa para dizer que um número é muito grande. Tipo assim ó:
"There are more strawberries in the fridge than you can shake a stick at."
Quer dizer que tem morango pra cacete na geladeira. Entendeu?
E o que aconteceria se você jogasse essa frase num tradutor. Será que o tradutor te daria a idéia certa ou simplesmente traduziria tudo ao pé da letra (o que não faria o menor sentido, como tenho certeza que você descobriur por que seu cérebro de falante de português já fez isso)?

E se você não entende essa expressão, a tirinha abaixo não faz o menor sentido. Sorry!


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Traduction, for please!

Todo mundo que já fez cursinho de inglës já ouviu em algum momento um professor dizer que o aluno tem que aprender a pensar em inglës, não é verdade? Tem algumas escolas que são bem radicais em relação ao uso do português dentro e, até mesmo, fora da sala de aula.
Quem me conhece sabe que sou radical e teimoso com as minhas convicções pessoais e esse blog serve como uma excelente válvula de escape para eu desabafar quando minhas ideias são contrariadas. É pseudo-terapêutico, eu diria. Mas, enfim,

Nesses assunto de traduzir ou não traduzir, usar ou não o português em sala de aula, eu sou radicalmente contra radicalismos. :)

Eu concordo que o cara muitas vezes tem 1, 2 ou 3 horas por semana no máximo de aula e, dessa forma, esse pouco tempo deveria ser usado para dar ao aluno o máximo de oportunidades para ouvir a língua e praticá-la. Acredito que essa seja a idéia da maioria das metodologias sérias utilizadas hoje em dia. Só que todas as metodologias foram inventadas (ou baseadas em teorias mais antigas) desenvolvidas antes de o mundo ser como ele é hoje. Sabe o que é diferente hoje? A internet. A rede existe há bastante tempo. Lembro que a primeira vez que naveguei na internet eu tinha por volta de 15 anos, mas suas possibilidades à época não chegavam nem aos pés do que são hoje. E a internet é uma ferramenta maravilhosa para dar ao aluno aquela exposição à língua que, até à década de 90, era só possível durante a aula ou se o cara viajasse para fora. Assim sendo, é uma convicção minha que devemos ser mais flexíveis em relação ao uso do português em sala de aula, principalmente quando os alunos ainda estão no início do curso.

Além disso, tem outra coisa, nada fala tão alto a você quanto sua língua materna. Eu lembro da Carol (uma das minhas muitas ex-coordenadoras, uma das mais sérias e gabaritadas, sem dúvida) fazendo o teste com uma turma de professores e vou repetir esse teste com vocês, meus quase 5 leitores. Para isso, terei que, antecipadamente pedir desculpa em relação ao linguajar. Vamos ao teste.

Leia as seguintes frases em voz alta:
1. FUCK YOU!
2. VAI TOMAR NO CU!

Agora, com toda a sinceridade do seu coraçãozinho, foi ou não foi mais difícil dizer a segunda frase em voz alta? Isso acontece por que, por ela usar sua língua mãe, a sua associação ao que aquilo significa é muito mais imediata e intensa. E isso vale pro bem tanto quanto pro mal. Por isso eu acho que tem certas horas que, mesmo numa turma de avançado, é interessante o professor usar o português para dar um conselho, um puxão-de-orelha, esclarecer uma dúvida, enfim, quando há a necessidade de se falar ao coração do aluno.

Tudo isso que eu disse antes não quer dizer que devemos abrir as pernas. Se o contexto não for um dos citados acima, o português deve sim estar fora da sala de aula, fora do contato professor-aluno.

No entanto, existem situações na vida, como quando temos que escrever um abstract, que precisamos da tradução de uma expressão, de uma frase. E isso nunca é um trabalho fácil. Nessas horas, um dicionário bilíngue quebra um galhão. E outra ferramenta que descobri hoje, em um email enviado pela minha mãe, é um tradutor online que funciona (pelo que vi até agora) bem melhor que o Google. Segue o link:
http://mymemory.translated.net/s.php?q=a+esta%C3%A7%C3%A3o+mais+quente+do+ano&sl=pt-PT&tl=en-GB&sj=all

Ele parece funcionar melhor, de maneira mais inteligente. Mas não adianta nada ter um tradutor inteligente se o operador da máquina não acompanhar. Lembrem-se sempre de checar a tradução usando um dicionário inglês-inglês e checando os usos do termo em questão nas frases de exemplo que todo dicionário digno de nota te dá.

Traduzir alguma coisa, por si só, não é um problema. O problema é saber traduzir. Temos a tendência de traduzir palavra por palavra, principalmente quando temos pouco conhecimento da língua. Porém, a tradução só funciona se você traduzir a idéia. Ao ouvir uma frase em inglês que você precise traduzir, se faça a seguinte pergunta: Como eu diria isso em português? Por exemplo, em inglês, se diz "How are you?". E em português? Como se diz isso? Ao invés de você traduzir palavra por palavra (e traduzir: "Como está você?") coloque-se na situação em que a frase é dita e se pergunte o que você diria. Pensando assim, a melhor tradução para aquela frase seria, para mim: "Oi. Tudo bem com você?" Aproveita o espaço para comentários e me diz aí se você concorda com a minha tradução ou se você usaria outra frase, outra estrutura.

See ya! (= Até mais!)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

How to Improve your English

Na verdade, isso aqui é quase um repost. De qualquer forma, acho importante falar sobre essas coisas mais uma (ou duas) vezes. Trata-se da velha questão: O que fazer para melhorar meu inglês? Essa é uma pergunta que sobrevoa as cabeças daqueles alunos que sempre vão e voltam para a escola de inglês, especialmente os de nível pré-intermediário e intermediário.
A questão é que alunos com esse perfil geralmente parecem atingir um teto, um limite que não conseguem ultrapassar. E, pra ser sincero, dependendo de suas razões para estudar inglês, muitas vezes um nível intermediário (B1 ou B2 pelo Common European Framework) é suficiente. No entanto, talvez a maioria das pessoas que procuram uma escola de línguas precisam ou desejam mais do que isso.
Em geral, alcançar um nível pré-intermediário não é difícil. A maioria das pessoas teve algum contato com a língua inglesa na escola, assiste a filmes, tem acesso à internet, etc. E tudo isso vai ajudar aquele ou aquela que está estudando a partir do nível básico. Agora, se você quer ir além disso, precisa estar preparado para um grau de comprometimento maior. Então, vamos agora ao que de fato é o assunto desse post.

Usando Vídeos
Assistir filmes, desenhos, seriados, telejornais, programas de culinária, documentários, clipes de músicas, reality shows, enfim, qualquer coisa que envolva som e vídeo, em inglês é uma das maneiras mais eficientes de aprimorar o seu domínio da língua, principalmente no que diz respeito ao listening e ao speaking. Mas se você se enquadra na categoria dos alunos pré-intermediário que se sentem "agarrados", talvez você precise estruturar melhor a maneira como trabalha com essa ferramenta.
Não tenha pressa de terminar nada! Saboreie cada segundo do vídeo prestando atenção especial a estruturas que são: a. difíceis (tempos verbais como o Present Perfect, phrasal verbs, e preposições, por exemplo); ou b. estranhas (quando você se assustar com uma frase por ela ser tão diferente do que você diria). Nas duas situações citadas acima você deve interromper o vídeo e dedicar toda a sua atenção a entender o porquê daquela estrutura estar sendo usada e o como ela é colocada dentro de uma frase. É interessante também você buscar outros exemplos daquela mesma estrutura usando dicionários, seus livros de inglês ou a internet. Quanto mais contato com uma determinada estrutura você tiver, mais à vontade para usá-la você se sentirá.

Usando Livros
Livros, revistas, internet, qualquer material escrito... A dica é a mesma que dei acima quando falava de vídeos: atenção ao que é difícil ou estranho. A atitude também deve ser a mesma: interrompa a leitura assim que algo surgir para voltar sua atenção á a estrutura a ser estudada. A vantagem aqui é que trabalhar com o material escrito é mais fácil pois ele está paradinho na frente dos seus olhos para que você o analise.


Lembre-se que para se desenvolver, você precisa de um contato intenso com a língua. Compare seu domínio do português com o do inglês. Quantos anos você passou se expondo ao português? Quantas horas por dia? Quantos dias por semana? Agora responda com toda a sinceridade: você realmente acha que conseguirá ter um domínio do inglês pelo menos próximo ao domínio que tem do português somente assistindo a aulas 2 vezes por semana e fazendo homework?

Bom, por hoje é só. Enjoy!